Todos eles têm um pouco de sangue argentino. O Emelec costuma apostar em hermanos – caso, agora, de Figueroa. O Olimpia tem Maxi Biancucchi, o primo de Messi, ex-jogador do time rubro-negro.
Dependendo do andamento do grupo, o Flamengo pode enfrentar clima adverso nos três jogos como visitante. Mas nada capaz de assustar uma equipe acostumada com decisões.
O Emelec jamais venceu times brasileiros pela Libertadores. Foram 16 duelos: seis contra o Inter, quatro diante do Grêmio e dois frente a Palmeiras, Atlético-PR e Cruzeiro. Os equatorianos empataram seis partidas e perderam as outras dez contra equipes do Brasil.
Fique de olho: o Emelec costuma apostar em atacantes argentinos. E a grande esperança do clube para a Libertadores é Luciano Figueroa. O jogador, aos 31 anos, ex-River Plate, Boca Juniors, Rosario Central, Birmingham, Villarreal e Genoa, é uma das principais contratações da história do clube de Guaiaquil. Ele defendeu a seleção argentina em 15 partidas. Fez nove gols.
Efeito caldeirão: o Emelec joga no estádio George Capwell – bonito por fora, envelhecido por dentro. Ele é acanhado. A torcida fica próxima do campo. Existe efeito caldeirão, mas com uma ressalva: não é comum as arquibancadas ficarem lotadas em jogos da primeira fase da Libertadores.
Desempenho recente: o Emelec largou bem no Campeonato Equatoriano. Fora de casa, fez 2 a 0 no Olmedo. Volta a jogar no domingo, em casa, contra o Macará.
Não chega a ser um clube grande da Argentina. Mas tem tradição. Ganhou o Apertura de 2007 e a Copa Conmebol de 2006. E vem em crescimento. A prova está na própria Libertadores. Sua primeira participação no torneio foi em 2008, quando chegou às oitavas de final. Depois, voltou a disputá-la em 2009 e 2010. Não enfrentou brasileiros.
Tem um elenco experiente, com jogadores como os atacantes Mariano Pavone, de 29 anos, ex-Estudiantes e River Plate, e Mario Regueiro, de 33 anos, uruguaio.
Fique de olho: Diego Valeri é o principal jogador da equipe. Ele tem tudo para chamar a atenção das equipes brasileiras e repetir o sucesso de Conca, Montillo e D'Alessandro no país. Atua como meia, 'doble enganche', e ainda como segundo volante. Tem forte chegada à frente, bom toque de bola e já chegou a ser comparado a Riquelme e Lampard.
Efeito caldeirão: o adversário do Flamengo joga em uma cidade de mesmo nome, colada a Buenos Aires. A torcida é fanática, mas lotar o estádio Ciudad de Lanús não é simples. Ele tem capacidade para mais de 40 mil pessoas. Os torcedores fazem barulho e ficam grudados no campo, com dimensões de 105 por 70 metros. É pressão.
Desempenho recente: o Lanús disputou amistosos como preparação para a Libertadores, para a Copa Argentina e para o Clausura. Com o Vélez Sarsfield, empatou por 2 a 2 com os titulares e por 0 a 0 com os reservas. No Tigre, aplicou 5 a 2. Diante do Huracán, ganhou uma por 2 a 1 e perdeu outra por 1 a 0.
O clube de Assunção tenta mesclar experiência e juventude. Mas é visivelmente nostálgico. Não por acaso, o elenco tem dois expoentes do título da Libertadores de 2002: o meia uruguaio Ortemann, ex-Grêmio e Atlético-PR, e o defensor Julio César Cáceres, capitão do time, atleta presente nas Copas de 2002, 2006 e 2010 com a seleção paraguaia.
O Olímpia tem 36 participações em Libertadores. Além dos três títulos, teve três vices, incluindo o da primeira disputa, em 1960, para o Peñarol.
Fique de olho: o Flamengo reencontrará um conhecido quando enfrentar o Olímpia. O time paraguaio tem o atacante Maxi Biancucchi, o primo de Messi, que defendeu a camisa rubro-negra de 2007 a 2009. Ortemann e Marin são outros jogadores do time de Assunção que tiveram passagem pelo futebol brasileiro.
Efeito caldeirão: costuma ser um problema jogar no Defensores del Chaco, o Maracanã dos paraguaios. Quando a torcida lota o estádio, vira uma panela de pressão. São reincidentes episódios de violência no local – especialmente arremesso de objetos para dentro do campo. Em 2009, o local foi interditado depois do desabamento de parte das arquibancadas. Dois policiais morreram no incidente.
Desempenho recente: o Olímpia estreou com vitória no Campeonato Paraguaio. Em casa, fez 3 a 2 no Deportivo Carapeguá.
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