Em toda história o Flamengo disputou 89 jogos na história da Libertadores e essa é a 11ª participação. Em 10 estreias, o Flamengo só venceu duas (1984 e 2010). Então relembrarei aqui as estreias das Libertadores de 2007, 2008 e 2010. Rumo ao Bi? difícil, mas com o Mengão, tudo é possível. Ótima leitura a todos...
2010 - FLAMENGO 2X0 UNIVERSIDAD CATÓLICA (CHI) - 24/02
Teve tudo pra dar errado, mas acabou dando tudo certo. Era a estreia do Campeão Brasileiro, com o Império do Amor tinindo. A festa estava pronta. Porém esqueceram de avisar ao Willians, que conseguiu ser expulso com apenas 2 minutos de jogo por cotovelada. O Fla teve que se desdobrar com um a menos durante boa parte do jogo.
Mas contamos com o talento de Léo Moura. Aos 10 minutos, Vinícius Pacheco sofreu falta próxima a área. O camisa 2 caprichou e cobrou com perfeição, no ângulo direito do goleiro e abrindo o placar. Alívio geral no Maraca.
Com a vantagem, era normal o recuo. Love e Adriano estavam isolados. O time chileno começou a chegar, principalmente em chutes de longe. Num deles, aos 40, Valenzuela acertou o travessão em cobrança de falta. No rebote, Mirosevic chutou, mas seu pé atingiu Toró. O árbitro entendeu o lance como agressão e expulsou o chileno. Ambos com 10 e fim de primeiro tempo.
Com a expulsão chilena, o Fla voltou para o segundo tempo em cima, querendo decidir. No primeiro ataque, Vinícius quase marcou em chute da entrada da área. Mas o jogo era de Léo Moura. Só ele pra decidir.
E foi o que aconteceu aos 13 minutos, quando o lateral recuperou bola na sua área, avançou em velocidade cerca de 50 metros e lançou Adriano, que com frieza, só tirou do goleiro para ampliar. 2x0 Mengão!
Depois disso, o time teve mais espaços e desandou a perder gols, principalmente com Love. Na primeira, ele recebeu na área, driblou três e chutou por cima. No lance seguinte, ele chutou fraco, nas mãos do goleiro. Minutos depois, o atacante sofreu pênalti e pediu para bater, mas não era o dia dele. O camisa 9 isolou. Kléberson ainda perdeu a última chance da partida. Fim de jogo, ótima vitória e valeu também para a boa estreia de Marcelo Lomba como titular.
TIME: Marcelo Lomba, Leonardo Moura (Everton Silva), Álvaro, Fabrício e Juan; Toró, Willians, Kléberson e Vinícius Pacheco (Fernando); Vágner Love (Petkovic) e Adriano. TÉCNICO: Andrade
2008 - FLAMENGO 0X0 CORONEL BOLOGNESI (PER) - 13/02
Aquela Libertadores de 2008 foi traumática. Tínhamos um grande elenco, com grandes chances até do título, mas perdemos daquela forma bisonha para o América.
Mas poucos se lembram que estreamos contra o desconhecido time peruano do Coronel Bolognesi. Um jogo ruim, em que Fla não teve vontade, pois se tivesse, teria até goleado.
No primeiro tempo o time peruano até assustou duas vezes com o atacante Gonzalez. Mas o Fla teve as melhores chances. Primeiro com o participativo Léo Moura, que livre, na área, mandou por cima. Depois em cobrança de falta de Juan, que Penny espalmou.
No segundo tempo só deu Flamengo. O time perdeu muitos gols e faltou um certo capricho. Logo aos 5 minutos Jônatas tabelou com Diego Tardelli e cara a cara, chutou fraquinho, pra ótima defesa de Penny. Em seguida, Léo Moura levantou na área, Tardelli ajeitou de cabeça e Ibson, sozinho, tentou encobrir o goleiro, mas jogou à direita.
Depois desse lance o time simplesmente parou, parecendo satisfeito com o empate. Só voltou a perder chance aos 44. Aliás, uma senhora chance. Léo Moura recebeu na direita e rolou pra trás pra Marcinho. O camisa 22 chutou em cima de Penny e no rebote, Obina, sem goleiro e na pequena área, escorregou na hora de finalizar e perdeu gol certo.
O jogo ficou no 0x0. Dois pontos perdidos, mas que não fizeram falta...
TIME: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Toró (Kléberson) e Ibson; Diego Tardelli (Obina) e Souza (Marcinho). TÉCNICO: Joel Santana
2007 - FLAMENGO 2X2 REAL POTOSÍ - 14/02
2007 - FLAMENGO 2X2 REAL POTOSÍ - 14/02
Certamente um dos jogos mais dramáticos da história do Flamengo. Pela primeira vez o time subiu até 4.100 metros de altitude para disputar uma partida. O Frio de quase zero grau assustava. A altitude idem. O adversário era fraco, mas tinha essa vantagem. E isso repercutiu no primeiro tempo desastroso do time. O primeiro gol sofrido foi aos 12 minutos do brasileiro Edu Monteiro, que passou como quis por 2 flamenguistas e tocou na saída de Bruno.
O Fla, atônito, não dava um chute a gol. Mal conseguia trocar passes. O esquema 3-6-1 de Ney Franco não deu certo. E pra piorar, aos 43 minutos o time sofreu o segundo gol com Aguilera. O camisa 7 do Potosí aproveitou cruzamento longo, entrou por trás da zaga e deu um leve toque tirando de Bruno. 2x0, fora o baile e fim de primeiro tempo. Graças a Deus...
O time voltou mais calmo pro segundo tempo. E também mais ofensivo: Roni entrou no lugar do inoperante Juan. A substituição deu certo logo aos 3 minutos, quando o baixinho atacante, livre, aproveitou falta batida por Renato Augusto e diminuiu o jogo.
Ambientado a atitude, o Fla foi pra cima, rondava o gol boliviano e foi premiado com o empate aos 21 minutos. Juninho Paulista, que entrou no segundo tempo, cobrou falta na cabeça de Obina, que impedido, mandou pro gol. Empate heróico e muita festa do Mengão.
Após o empate o Fla cansou. Foram minutos cruéis. Bruno se virava lá no gol como podia. Jogadores extenuados. Moisés e Renato Augusto precisaram ser atendidos com cilindros de oxigênio. Com tudo isso, conseguimos sair com o 2x2. Depois da covardia, o Fla tentou anular junto à FIFA jogos na altitude. Em vão. Pelo menos não perdemos...
TIME: Bruno, Moisés, Thiago Gosling (Juninho Paulista) e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Paulinho, Claiton, Renato, Renato Augusto e Juan (Roni); Obina (Souza). TÉCNICO: Ney Franco
Fonte: Flamengo em Foco
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