terça-feira, 24 de julho de 2012

Depois de ir à CBF e à Fifa, Fla quer procurar a ONU para liberar Cáceres


Caceres, Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

O Flamengo foi à CBF, à Fifa e pretende procurar a Organização das Nações Unidas (ONU) para tentar resolver o imbróglio que impede a regularização de Victor Cáceres como jogador do clube. O empresário do volante, Régis Marques, está em Assunção desde a semana passada à espera da documentação necessária para dar condições de jogo ao paraguaio, que treina normalmente e está pronto para a estreia. Segundo o agente, o Libertad, ex-clube do jogador, dificulta ao máximo a transferência, e a Federação de Futebol Paraguaia não ajuda. O prazo inicial estabelecido por ele para resolver o caso terminou nesta terça-feira, e a solução pode demorar até um mês. Cáceres foi relacionado para o jogo contra a Portuguesa, mas as chances de jogar são muito reduzidas.
- O Flamengo e eu estamos pensando em ir à ONU. É uma escravidão isso. É a adoção da escravatura. O jogador quer trabalhar, tem o direito de trabalhar e o que estão fazendo não existe. O Flamengo foi à Fifa, mas é um mês para liberar o passe. O Libertad complica a negociação, mas a Fifa não pune. Tenho um documento de liberação do Libertad, tenho declarações do presidente do clube liberando o Cáceres, mas a Federação Paraguaia não libera. O jogador já está liberado, não tem vínculo com o Libertad, mas há uma lei interna no Paraguai que estabelece que o clube tem de entregar um documento na Federação Paraguaia liberando o passe do atleta. Pela forma como o Cáceres saiu, o Libertad não quis liberar. A partir do pedido do Flamengo, eles tinham dez dias para fazer isso, mas não fizeram e nem vão fazer. É uma lei que os presidentes dos clubes fizeram para se beneficiar e complicar a vida dos jogadores. Mesmo sem contrato, ele precisa de um documento do clube paraguaio. O jogador é livre, só que tem que ir à Fifa para ficar livre. Só serve para tumultuar a vida do jogador. E nesse caso a do Flamengo – disse o empresário.
Régis Marques explica que pediu a liberação do passe de Cáceres ao Libertad no último dia 18, mas o clube não obedeceu o prazo.
- Vamos recorrer para que ele seja liberado. O Libertad tinha três dias para dar uma explicação pelo fato de não mandar a transferência do Cáceres. O prazo venceu às 17h desta terça-feira, e eles entregaram depois das 17h. A Federação Paraguaia aceitou, simplesmente acatou. O Libertad pediu mais dez dias para dar uma justificativa só para ganhar tempo. A lei do futebol paraguaio vai na contramão do futebol da Fifa. Mas a Fifa não faz nada. A sede da Confederação Sul-Americana está aqui, a Fifa é conivente. O prazo máximo para a Fifa resolver é um mês. Estamos tentando adiantar esse prazo. Um mês a partir de quando foi pedida a transferência. Isso foi feito na quarta-feira passada, dia 18. Fico aqui até resolver ou até ser morto.
O contrato de Cáceres com o Libertad terminou em 30 de junho, e o clube não recebeu um centavo sequer na saída do jogador, revelado na base da equipe guarani. O Flamengo fez uma proposta de quatro anos de contrato e teve a resposta positiva. Cáceres decidiu repassar quase 800 mil dólares (ou R$ 1,6 milhão) ao Libertad para que fosse liberado antes do término do vínculo. O Libertad não aceitou, decidiu segurá-lo e acusou o atleta e seu representante de terem negociado diretamente com o Flamengo.
- É um absurdo o que estão fazendo. O prazo deles (Libertad) acabou e eles não liberam, estão dificultando. Isso já passou para a esfera jurídica – afirmou o diretor de futebol Zinho.
O GLOBOESPORTE.COM fez contato com a Federação Paraguaia de Futebol, mas não obteve resposta.

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