quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pelo trabalho de 2012, Zinho não quer reduzir salário e deve deixar o Fla

Zinho, Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)

Zinho ainda aguarda a proposta formalizada da nova diretoria do Flamengo para definir seu futuro, mas a saída do dirigente se torna cada vez mais iminente. Com a contratação de Paulo Pelaipe para ser o novo diretor executivo, ficou estabelecido que o ex-jogador passaria a ser gerente e deveria ter uma redução salarial. Mas, diante do trabalho realizado nos sete meses em que ficou no clube em 2012, Zinho não aceita um corte nos seus vencimentos – fato que já é de conhecimento de Pelaipe e foi passado para o vice de futebol Wallim Vasconcellos. Isso pode sacramentar sua saída caso o valor oferecido seja inferior ao que recebe atualmente. A quinta-feira poderá ser o dia da decisão. Nesta quarta, não houve nenhum contato entre Zinho e Wallim.

A primeira rodada de negociações entre Zinho, Pelaipe e Wallim foi apenas verbal e pouco evoluiu. Eles questionaram se Zinho teria o desejo de permanecer em 2013. O dirigente disse que sim, mas teria que saber as condições. Foram passadas as atribuições da nova função, mas o tempo de contrato e salário ficaram em aberto. Atualmente, o vencimento do ex-jogador é superior ao que Pelaipe recebe.

Zinho chegou ao Rubro-Negro em maio. E, logo no começo da carreira como diretor, ele conviveu com sete meses de problemas como a saída de Ronaldinho Gaúcho, alguns jogadores insatisfeitos, troca de Joel Santana por Dorival Júnior, atrasos na premiação e salários nos últimos meses, o caso Adriano, fantasma do rebaixamento, entre outras questões. O dirigente apagou incêndios e evitou que a bomba-relógio em que se tornou o clube explodisse de vez. Nesse tempo, Zinho passou a maior parte do tempo dedicado à função, admitiu extremo desgaste e conviveu mais dentro do Flamengo do que com a própria família.

Mesmo com a chegada de Pelaipe, Zinho acredita que teria volume de trabalho parecido ao da função que exerceu na atual temporada. E, depois dos sete meses em que trabalhou grande parte do tempo sozinho, sem vice de futebol nem gerente, ele apostava numa valorização. Reduzir o salário, para ele, seria justamente o contrário.

O contrato de Zinho se encerra no dia 31 de dezembro. O diretor segue trabalhando, busca que a diretoria quite as pendências com os jogadores e já teve reuniões com Pelaipe. Mesmo sem saber se continua, cumpriu suas tarefas normalmente e passou relatórios sobre questões pendentes, como renovações de contrato, lista de dispensa, reforços indicados por Dorival Júnior e programação da pré-temporada, que ocorrerá no Ninho do Urubu.

A situação de Zinho é bem diferente do caso de Dorival Júnior, que permanecerá no clube em 2013. O técnico tem contrato até dezembro do ano que vem e não poderia ter nenhuma alteração no salário ou nas condições que foram acordadas quando fez o acerto. Uma demissão do treinador acarretaria no pagamento de alta multa rescisória.

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