segunda-feira, 7 de julho de 2014

De olho em 2016, Adryan lamenta falta de sequência no Fla: "Me culpo"

Adryan apartamento (Foto: Globoesporte.com)

Depois de seis meses na Itália, a fase de adaptação já foi deixada para trás por Adryan. Agora, o ex-Flamengo foca na primeira temporada completa que poderá fazer pelo Cagliari, clube ao qual está emprestado até o meio de 2015. Sem pensar se volta ou não para ter mais chances no Rubro-Negro, o meia, de apenas 19 anos, quer estar jogando bem independentemente do lugar. Como objetivo, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. De fora do último título da Seleção Sub-20, o Torneio de Toulon, ele, que sempre foi frequente nas seleções de base, quer deixar para trás a falta de sequência e a lesão que teve no joelho direito.
Levado ao time principal do Fla na época de Vanderlei Luxemburgo, Adryan sente que a falta de sequência o prejudicou no clube. No entanto, aponta a si mesmo como único culpado pela não-permanência.
- No Flamengo, como em outros grandes clubes, as coisas demoram para acontecer. Tive as minhas oportunidades, aproveitei umas e outras não. Fui 50%. Não correu do jeito que eu queria. Com certeza eu queria estar no Flamengo, arrebentando. Fiquei no profissional por três anos e não me lembro de fazer quatro jogos seguidos como titular. Não é por culpa de técnico, diretoria, de ninguém. Me culpo por isso. Eu deveria estar mais preparado, jogar o que sempre joguei na base. Mas a saída para o Cagliari foi no momento certo. Espero me preparar mais, mas também não dá para ficar pensando muito no Flamengo agora.
 Com certeza eu queria estar no Flamengo, arrebentando. Fiquei no profissional por três anos e não me lembro de fazer quatro jogos seguidos como titular. Não é por culpa de técnico, diretoria, de ninguém. Me culpo por isso.
Adryan
Pensando nas Olimpíadas, Adryan garante que o Cagliari pode ser uma vitrine além do futebol brasileiro.
- Não é um clube de ponta, é mediano e muito bom para aparecer, fazer boa campanha e abrir portas. Uma excelente entrada na Europa. Terminamos no meio da tabela, sem sufoco. Jogar as Olimpíadas é uma meta, e vi tantos jogadores que estavam na Europa e foram convocados (para o Torneio de Toulon). Não faz diferença estar no Flamengo ou no Cagliari, o importante é estar bem. Naturalmente a convocação vem.
O clube italiano tem mais dois brasileiros no elenco: o lateral-esquerdo Danilo e o atacante Nenê. Além deles, o chileno Pinilla foi um dos que ajudaram o ex-rubro-negro em sua fase de adaptação. Para o início de pré-temporada, que deve ser realizada no Norte da Itália, todos ainda vão conhecer o novo comandante. O Cagliari trocou de treinador e trouxe o ex-Roma Zdenek Zeman, tcheco.
Sobre o estilo de vida na Itália, o meia admite dificuldades no começo e um certo receio após conselhos do amigo e também jogador do Flamengo, Thomás, que passou uma temporada no Siena e retornou há pouco ao Brasil.
- Falei com ele, tivemos muito contato por telefone. Ele falou para mim que os italianos são meio estranhos (risos). Passou a mesma coisa que eu passei em relação à adaptação. No início foi difícil, mas tudo vai normalizando. Aqui no Brasil é mais fácil de lidar, pessoal na Itália é desconfiado. Mas quando a bola rola muda tudo. Já me sinto em casa e estou até com saudades - finalizou o jogador, que se reapresenta nesta segunda-feira, dia 7 de julho.
Adryan e Pinilla no Cagliari (Foto: Reprodução / Instagram)

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