O Flamengo deu mais um passo na reformulação do departamento de futebol para 2015. Nesta quarta-feira, depois de marcar presença no Ninho do Urubu, o diretor executivo Felipe Ximenes, que tinha contrato até o fim de 2015, foi demitido e Rodrigo Caetano, que deixou o Vasco recentemente, é o nome mais cotado para assumir o cargo.
A demissão de Ximenes foi sacramentada depois de uma reunião do comitê do futebol na manhã desta quarta-feira. Depois do treinamento, o então diretor foi ao encontro do vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel, e do CEO do clube, Fred Luz, para receber o comunicado sobre o fim do seu ciclo no Flamengo.
- O Clube de Regatas do Flamengo confirmou, na tarde desta quarta-feira, a saída do diretor-executivo de futebol Felipe Ximenes. Responsável por uma importante etapa de profissionalização do clube, Felipe implementou novos processos de trabalho tanto na equipe principal quanto nas categorias de base. A diretoria agradece toda a dedicação de Ximenes e deseja a ele sucesso na continuidade de sua carreira. Ainda não existe um substituto para o cargo - escreveu o Flamengo em nota no seu site oficial.
Ximenes chegou ao clube no fim de maio, pouco antes da paralisação do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo. Na época, o treinador era Ney Franco e o time ocupava a lanterna da competição. Vanderlei Luxemburgo foi contratado e o Flamengo chegou ao nono lugar no Nacional, além de cair na semifinal da Copa do Brasil.
Na sua passagem pelo clube, Ximenes contratou Canteros, Eduardo da Silva, Elton e Anderson Pico, que havia pedido a Luxemburgo uma chance para voltar ao futebol. O dirigente vinha tratando do planejamento de 2015 com o comitê do futebol, mas tinha relacionamento distante com Luxa.
Na sua passagem pelo clube, Ximenes contratou Canteros, Eduardo da Silva, Elton e Anderson Pico, que havia pedido a Luxemburgo uma chance para voltar ao futebol. O dirigente vinha tratando do planejamento de 2015 com o comitê do futebol, mas tinha relacionamento distante com Luxa.
A situação de Ximenes vinha sendo analisada pela diretoria e a saída de Rodrigo Caetano do Vasco, a diretoria rubro-negra acelerou a mudança e procurou o nome que era o favorito desde a saída de Paulo Pelaipe.
Em comunicado enviado à imprensa, Felipe Ximenes diz ter "certeza de ter feito o melhor" pela equipe na temporada e lamenta não ter podido seguir no cargo.
Confira o comunicado completo:
"Ao ser comunicado hoje pelo Clube de Regatas do Flamengo da rescisão prematura do meu contrato de trabalho, após seis meses da minha chegada, deixo o clube com a certeza de ter feito o melhor para que a equipe retomasse o rumo de volta ao lugar que cabe ao Flamengo e sua história dentro do futebol brasileiro.
Encontrei um cenário totalmente adverso: o time sob o comando do segundo treinador no ano, ocupando a 19 posição na tabela do Campeonato Brasileiro e uma forte pressão para contratações durante a parada para a Copa do Mundo.
Desempenhei minha função pautado pelo profissionalismo que rege minha carreira, do qual me orgulho e não abro mão. Liderei a troca de treinadores de forma absolutamente ética, sugeri o nome do substituto e o apresentei à imprensa.
Liderei a rescisão dos contratos de alguns jogadores que o clube considerava não estarem dentro do perfil necessitado pelo Flamengo naquele momento e suportando a pressão externa e interna do clube, estive a frente do processo das duas únicas contratações feitas naquele período, Canteros e Eduardo da Silva, que se revelaram nomes de destaque na recuperação elenco.
Durante esse período, houve trocas de comando, com o cargo de Vice-presidente de Futebol do clube tendo sido ocupado por algumas pessoas, começando por Wallin Vasconcellos, o próprio Eduardo Bandeira, passando por um conselho com seis nomes e culminando com Alexandre Wrobel, que conta com ainda com um Conselho de quatro outros membros. Segui meu trabalho com a mesma lealdade, honestidade e profissionalismo em todas as gestões.
Hoje o Flamengo aparece em 9 lugar na tabela do Brasileiro e se está ainda distante dos times que escreveram a história vitoriosa do clube, também livre de qualquer ameaça de cair para a segunda divisão do futebol brasileiro, temor de todos, quando fui contratado. Mais que isso, está mais organizado para se planejar daqui para frente.
Ao aceitar o convite para ser o Diretor Executivo do futebol do Flamengo acreditava poder colaborar com a profissionalização do clube, uma bandeira da diretoria. Rescindi um contrato pela primeira vez na minha história profissional, com o Esporte Clube Vitória, e mudei para o Rio de Janeiro confiante em um trabalho de longa duração como outros que desenvolvi ao longo de 30 anos de vida dedicada ao esporte e que me rendeu reconhecimento e a convicção de que estava no caminho certo. O futebol brasileiro deve buscar de forma incessante a profissionalização em todos os setores, no cenário atual não cabe mais uma administração sem funções definidas e executadas por pessoas preparadas para cada uma delas.
Lamento não ter podido avançar nesse trabalho e agradeço à direção do Flamengo pelo convite feito. Trabalhar no clube é sempre uma honra para qualquer profissional. Espero que o Flamengo encontre o caminho de grandes conquistas enquanto seguirei minha trilha com disposição para o trabalho, seriedade e ética."
Encontrei um cenário totalmente adverso: o time sob o comando do segundo treinador no ano, ocupando a 19 posição na tabela do Campeonato Brasileiro e uma forte pressão para contratações durante a parada para a Copa do Mundo.
Desempenhei minha função pautado pelo profissionalismo que rege minha carreira, do qual me orgulho e não abro mão. Liderei a troca de treinadores de forma absolutamente ética, sugeri o nome do substituto e o apresentei à imprensa.
Liderei a rescisão dos contratos de alguns jogadores que o clube considerava não estarem dentro do perfil necessitado pelo Flamengo naquele momento e suportando a pressão externa e interna do clube, estive a frente do processo das duas únicas contratações feitas naquele período, Canteros e Eduardo da Silva, que se revelaram nomes de destaque na recuperação elenco.
Durante esse período, houve trocas de comando, com o cargo de Vice-presidente de Futebol do clube tendo sido ocupado por algumas pessoas, começando por Wallin Vasconcellos, o próprio Eduardo Bandeira, passando por um conselho com seis nomes e culminando com Alexandre Wrobel, que conta com ainda com um Conselho de quatro outros membros. Segui meu trabalho com a mesma lealdade, honestidade e profissionalismo em todas as gestões.
Hoje o Flamengo aparece em 9 lugar na tabela do Brasileiro e se está ainda distante dos times que escreveram a história vitoriosa do clube, também livre de qualquer ameaça de cair para a segunda divisão do futebol brasileiro, temor de todos, quando fui contratado. Mais que isso, está mais organizado para se planejar daqui para frente.
Ao aceitar o convite para ser o Diretor Executivo do futebol do Flamengo acreditava poder colaborar com a profissionalização do clube, uma bandeira da diretoria. Rescindi um contrato pela primeira vez na minha história profissional, com o Esporte Clube Vitória, e mudei para o Rio de Janeiro confiante em um trabalho de longa duração como outros que desenvolvi ao longo de 30 anos de vida dedicada ao esporte e que me rendeu reconhecimento e a convicção de que estava no caminho certo. O futebol brasileiro deve buscar de forma incessante a profissionalização em todos os setores, no cenário atual não cabe mais uma administração sem funções definidas e executadas por pessoas preparadas para cada uma delas.
Lamento não ter podido avançar nesse trabalho e agradeço à direção do Flamengo pelo convite feito. Trabalhar no clube é sempre uma honra para qualquer profissional. Espero que o Flamengo encontre o caminho de grandes conquistas enquanto seguirei minha trilha com disposição para o trabalho, seriedade e ética."
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