Era um clássico sem atrativos além da rivalidade natural. Os dois times sem grandes pretensões na tabela. Noite de sábado chuvosa, com apenas 5.971 torcedores dispostos a pagar ingresso. No Engenhão, o Vasco vencia por 1 a 0, gol de falta de Nilton, ainda no primeiro tempo, num petardo de longe. Para apimentar um jogo sem molho, González empatou com um toque quase involuntário de ombro depois de falha de Fernando Prass, já aos 41 minutos do segundo tempo (assista no vídeo). De acordo com o zagueiro rubro-negro, foi o “ombro de Deus”, que serviu para dar um tom folclórico ao Clássico dos Milhões.
- O time estava precisando de um gol, e ainda bem que consegui. Foi Deus, a bola veio para mim e tocou no ombro. Todos os gols são importantes, agora ainda mais por ser clássico – afirmou González, na saída do Engenhão, ainda na noite de sábado.
No lance, Fernando Prass saiu mal do gol, deu um soco na bola, que bateu no ombro de González e entrou. Na comemoração, Ibson chegou a brincar com o companheiro, questionando se teria sido de mão. O chileno bateu no ombro para explicar que não.
De poucas palavras, o chileno mantém os pés no chão e diz que, mais do que a dupla com Renato Santos, todo o time conseguiu um melhor encaixe,
- Não só a dupla de zagueiros, mas todo o time encaixou bem. O resultado contra o Vasco não era aquele que esperávamos, mas trabalhamos para melhorar.
O gol diante do Vasco foi o segundo de González com a camisa do Flamengo. Antes do “ombro de Deus”, o zagueiro marcou de cabeça e garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo (assista no vídeo), em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileirão, no dia 21 de outubro. Na saída do gramado do Engenhão naquela ocasião, o jogador, pouco requisitado para entrevistas, até por conta do espanhol carregado, brincou:
- Graças a Deus que foi gol, meu primeiro, mas fico feliz pelo time. Ninguém faz perguntas para mim, mas hoje foi diferente.
Mas González não é de falar muito. Caseiro, ele é casado com Delia e pai de quatro filhos: Paulo, de 13 anos, Benjamin, de oito, Mateo, de seis, e Trinidad, de três. Aos 31 anos, o zagueiro ganhou a vaga de titular do Flamengo e compensa a falta de explosão com a experiência.
O jogador ainda não projeta 2013 e diz que apenas depois do jogo contra o Botafogo, no próximo sábado, será o momento de pensar no futuro.
- Ainda não acabou o campeonato, pensamos no próximo jogo, para depois fazer uma avaliação – disse González.
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